Este texto é de autoria de Ernesto Wenth Filho, e
foi extraído na íntegra do site http://www.rickyfurlani.com, do
guitarrista Ricky Furlani.
Robben Ford nasceu no dia 16 de Dezembro
de 1951 na cidade de Woodlake, no Estado da California. Na década de 60,
durante sua adolescência, Ford “gastava” grande parte de seu tempo ouvindo
artistas como Aretha Franklin, Wilson Pickett, Ottis Redding, Albert King,
Carla Thomas, Mike Bloomfield (sua primeira grande influência) e B.B. King.
Sucessos como “Respect” (Aretha Franklin) e “Mustang Sally” (Wilson Pickett)
faziam parte de suas músicas preferidas.
Em 1964, com 13 anos de idade, Ford
pegou pela primeira vez em uma guitarra. Com 18 anos, em 1969, se mudou para
San Francisco, na Califórnia e formou a Charles Ford Band (nome dado em
homenagem a seu pai que também era guitarrista). Logo em seguida a banda
acabou, pois Robben foi convidado para tocar com o famoso gaitista Charles
Musselwhite, onde ficou por nove meses.
Em 1971, a Charles Ford Band voltou e
gravou um LP chamado “Discoverying The Blues”, ao vivo em Hollywood, na
Califórnia, que foi lançado em 1972.
Entre 1972 e 1973, novamente Ford deixou
a banda e foi tocar com a lendária banda de blues de Jimmy Witherspoon.
Em 1974, Robben Ford foi descoberto pelo
saxofonista Tom Scott, do grupo de “fusion” progressivo chamado L.A. Express e
em seguida, no mesmo ano, fez parte da banda de Joni Mitchell na turnê “Court
and Spark”, além de tocar em dois dos álbuns da famosa cantora (“Miles of Isles
– 1974 e “The Hissing of Summer Law” – 1975).
Em 1977, talvez devido à passagem pela
banda L.A. Express, Robben foi um dos fundadores da banda de “fusion” chamada
“Yellowjackets”, onde ficou até 1983. Bem, já falei em “fusion” duas vezes e
para quem não sabe este termo diz respeito a um estilo musical onde há a
“fusão” de jazz, rock e pop.
Em 1986, Ford foi convidado a participar
de uma turnê com Miles Davis, famoso trompetista de jazz, muito conhecido por
seus improvisos e pela grande criatividade e inovação musical. Já em 1987 tocou
junto com o saxofonista de jazz japonês Sadao Watanabe.
Após tudo isso, foi em 1992 que Robben
Ford se reencontrou com o blues, formando a banda The Blue Line e lançando o cd
“Robben Ford and The Blue Line”. A banda era formada pelo baixista Roscoe Beck,
que tocou com Leonard Cohen e pelo baterista Tom Brechtlein, que já havia
tocado com os mestres do jazz Chick Corea e Wayne Shorter.
Neste mesmo ano de 1992, Ford e a Blue
Line estiveram no Brasil participando do Free Jazz Festival, que infelizmente
acabou. Na seqüência, em 1993, lançou “Mystic Mile” e em 1995, “Handful of Blues”.
Do álbum “Mystic Mile” destaco a versão
de “Worried Life Blues” de autoria do mestre B.B. King. Já o cd “Handful of
Blues” acho simplesmente espetacular, pois você pode ouvir desde o blues
tradicional de “I just want to make love to you” de Willie Dixon até a balada
dançante (de rosto colado!!), com um solo de guitarra maravilhoso de “Don’t Let
Me Be Misunderstood” de Benjamin, Marcus e Caldwell, além de composições
próprias na linha do jazz como “Good Thing”, onde sua técnica, o feeling e o
som limpo da guitarra fazem muito bem aos ouvidos e à alma!!
Em 1996 Robben Ford volta ao Brasil para
participar da 4ª edição do Top Cat Blues Festival, realizado em São Paulo,
Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, onde também
participaram John Mayall, Fabulous Thunderbirds e Michael Hedges.
A partir daí sua carreira continuou com
o lançamento de diversos discos, onde vale a pena conferir a coletânea “Blues
Collection”, de 1997, com músicas que vão de 1971 a 1991, das bandas Charles
Ford Band, Ford Blues Band, Charles Musselwhite e Jimmy Witherspoon. Também
vale a pena o cd de 2001 “Tributo a Paul Butterfield” onde Robben toca com seus
irmãos Mark, Patrick e Gabriel, interpretando clássicos do famoso gaitista da
Califórnia.
Vale a pena assistir:
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