terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

... continuação - A História do Jazz - Os Young Lions


A partir do surgimento da família Marsalis, o jazz na sua forma clássica começou a ganhar força e cresceu ano a ano, na medida em que foram aparecendo outros, também jovens e talentosos músicos, que se propuseram a tocar o verdadeiro jazz. Foi então que surgiu o termo Young Lions, que se referia a esse grupo de músicos por defenderem com “unhas e dentes” as tradições do jazz. Faziam parte dos Young Lions: Os irmãos Marsalis, Winton, trompetista e Bradford, saxofonista, além dos trompetistas Terence Blanchard, Wallace Roney, Roy Hargrove, Philip Harper, Marlon Jordan e mais recentemente, Nicholas Payton, os pianistas Marcus Roberts e Benny Green e os saxofonistas Donald Harrison, Christopher Hollyday e Joshua Redman.

A presença dos Young Lions  melhorou a imagem do jazz. Os músicos de jazz não mais pertenciam à uma classe marginal, que precisava se drogar para conseguir tocar a sua própria música . Eles resgataram mais do que a música, mas a dignidade e a respeito que o mercado havia tirado do Jazz e seus músicos. Além disso, outros gigantes que andavam esquecidos voltaram a ter o seu espaço como jazzistas, como os pianistas Herbie Hancock e Chick Corea e os saxofonistas Joe Henderson e Sonny Rollins.
Na contra-mão dos esforços dos Young Lions, surgiam também outras formas, um tanto duvidosas, de Jazz. Na verdade, quando um álbum não tinha uma definição simples sobre a qual gênero pertencia, muitas vezes por se tratar de fusões de diversos estilos, era, e ainda é até hoje, comum classificar como Jazz, mas na verdade essa era apenas uma das influências daquele novo gênero que surgia, pois havia muitas outras como R&B, Soul, Blues, Funk, Rock. Isso aconteceu com muitos grupos e artistas que faziam música instrumental cheia de ritmos e solos, mas que traziam muito pouco Jazz em seu contexto. Só para citar os mais conhecidos, o aclamado grupo Spyro Gyra dos saxofonistas David Sanborn e Grover Washington Jr e o saxofonista Kenny G.

Outra tendência, esta menos significativa, foi a New Age music. Essencialmente uma música de fundo e relaxante que sempre permanecia num mesmo padrão sonoro, servindo como "healing music," em contraponto ao heavy metal. A linguagem da New Age teve origem nos solos de piano de Keith Jarrett. Em razão da ausência dos blues como tema para os músicos de New Age, esse estilo é considerado fora da linha principal do jazz, servindo principalmente como música para meditação.

Texto elaborado por Renato Maran

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